quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

varios tipos de pelagens

Classificação das Pelagens

Os trabalhos conhecidos que enfocam a questão das pelagens seguem habitualmente a classificação francesa que, em parte, também seguimos.

A pelagem é o conjunto de pêlos, de uma ou de diversas cores, espalhados pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas, cujo todo determina a cor do animal. Apesar de haver muitos matizes diferentes, todas as pelagens agrupam-se inicialmente em três modalidades ou categorias - simples, compostas e conjugadas ou justapostas, cada uma delas com suas divisões e, que no total, forma 76 pelagens diferentes.

As marcas são particularidades independentes das pelagens (dos pêlos), mas tão visíveis que se sobrepôem a certos sinais gerais ou mesmo especiais, a ponto de impressionar imediatamente a vista do observador, razão pela qual são enquadradas no capítulo de pelagem como elementos de identificação , para uma boa resenha do animal.

As marcas são naturais ou congênitas, isto é, que nascem com ela, e artificiais ou adquiridas, isto é, que surgem depois do nascimento.

MARCAS NATURAIS OU CONGÊNITAS

Golpe de machado - depressão existente na unção do garrotw.

Golpe de lança - depressão muscular, subcutânea, sem sinal de cicatriz, muito parecidacom o golpe de uma lança, encontrada nos músculos da tábuia do pescoço, braaços, coxas, nádegas, etc.

Embandeirada - cauda levantada, pode apresentar-se voltada para a direita ou esquerda (cavalo de raça árabe).

Cabana - orelhas caídas.

MARCAS ADQUIRIDAS OU ARTIFICIAIS

Cicatrizes acidentais ou operatórias, marcas a fogo (ferro quente) e marcas químicas (para identificar o proprietário) - quase sempre sobre estas cicatrizes nascem pêlos brancos nos animais cuja pelagem é escura, e pêlos escuros, nos animais, cuja pelagem é clara.

Troncho ou mocho - quando as orelhas são cortadas na base, comidas enroladas ou deformadamente tortas.

Embandeirado artificialmente - rabo levantado e voltado para a direita ou esquerda através de uma intervenção cirúrgica, denominanda "niquitagem", feita com o objetivo de imprimir mais elegência no animal ou por fraude, quando se quer dar a característica inata do árabe puro em cavalos mestiços ou comuns.

Pitoco ou suro - rabo cortado, sendo a designação de suro mais empregado para aves.

SINAIS E PARTICULARIDADES ESPECIAIS

Os sinais brancos encontrado na face, focinho e pernas são meios de identificação e vêm registrados na documentação exigida pelas entidades responsáveis. Além desses sinais, marcas no próprio corpo do animal ou manchas brancas podem ocorrer na parte inferior do ventre e nos flancos. as marcas na carne do cavalo são mais frequentes nos clydesdale doq que em cavalos de outras raças.

Na cabeça:

Celhado - quando pêlos brancos aparecem nas sombrancelhas.

Vestígio de estrela - quando aparecem pêlos brancos esparsos na fronte.

Estrelinha - quando há uma pequena pinta branca na fronte.

Estrela ou flor - formada por uma mancha branca na fronte, podendo ter várias formas: em coração, em losango, em meia lua, em U. Pode ser "escorrida".

Luzeiro - formado por uma malha na fronte, podendo ser também "escorrido".

Filete - determinado por um estreito fio de pêlos brancos que escorre pela fronte ou chanfro.

Cordão - determinado por uma fina mancha branca (mais largo que o filete), que se estende da fronte ao chanfro, e até as narinas às vezes, podendo ser interrmpido ou desviado.

Frente aberta - quando o cordão se alarga tomando todas a frente da cabeça e indo até a região das narinas.

Façalvo - determinada por malha branca sobre as faces laterais da cabeça ou somente sobre um dos lados (esquerdo ou direito).

Beta - pinta branca que corre entre as narinas.

Bebe em branco - quando um dos lábios ou ambos são brancos, devendo isto ser esclarcido na resenha.

Cabeça de mouro - se uma mancha escura (pêlos mais escuros ou pretos) toma toda a cabeça.

Com embornal - se a mancha abrange apenas a parte inferior da cabeça. As particularidades acima citadas devem ser descritas na resenha, se possível com um esboço dos contornos e desvios.

No Pescoço:

crinado - quando o animal apresenta a crina branca ou desbotada. Esta particularidade é comumente encontrada na pelagem Alazão, variedade amarilho. Deve ser mencionada na resenha somente quando aparecer nas pelagens mais escuras. Neste caso a cauda poderá ou não acompanhar a cor da crineira.

No tronco:

Listra de burro - listra estreita, mais escura que apelagem, que se estende ao longo da linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda.

Faixa crucial -faixa escura que corta transversalmente a cernelha, geralmente de pelagem vermelha, alcançando as espáduas.

Pangaré -é o animal que apresenta a parte inferior do ventre, face interna das coxas e outras partes do corpo, esbranquiçadas.

Rabicão -animal que apresenta fios brancos na cauda interpolados com outros mais escuros.

Nos Membros:

Zebruras - estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes.

Bragado - quando o animal apresenta malhas brancas no terço posterior do ventre e nas partes internas das coxas.

Cana-preta - se o animal apresenta canelas pretras nas pelagens que não as incluem.

Calçado - quando a cor branco aparece nos membros, bem delimitada, nas pelagens que não incluem o branco nestas partes. Conforme a extensão do branco o calçamento recebe as seguintes denominações:

Cascalvo -quando somente os cascos são brancos

Calçado sobre coroa -quando o branco está situado apenas na circunferência da coroa do casco.

Baixo calçado - quando o branco vai até o boleto.

Médio Calçado - quando o branco abrange a qualquer parte da canela.

Alto Calçado -quando o branco alcança os joelhos e jarretes

Arregaçado -quando o branco ultrapassa estas articulações (joelhos e jarretes), alcançando os antebraços e pernas.

Argel - quando um só membro é calçado.

Manalvo - somente os anteriores são calçados.

Pedalvo - somente os posteriores são calçados.

Calçado em diagonal - quando o calçamento é no bípede em diagonal, devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal.

Trialvo - quando três membros são calçados (baixo, médios ou altos); devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" - estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito.

Quatralvo - quando todos os membros são calçados.

Coloração dos Cascos:

Cascos de matéria córnea azul-ardósia (casco escuro) são considerados ideais. Acredita-se que a ceratina de que se compôem tenha textura densa e de grande rigidez. Em contrapartida, um casco branco é tido por "mole", incapaz de resistir bem à usura. Não há prova de que essas asserções sejam verdadeiras. Pés brancos acompanham pernas "calçadas". Os appallosa e outros cavalos mosqueados têm cascos "tigrados" (com litras verticais negras).

SISTEMÁTICA DE RESENHA

Os dados de pelagem, de que se lança mão para a resenha, devem obedecer à seguinte sistemática: modalidade ou categoria, tipo, subtipo (se for o caso), variedades, particularidades gerais, particularidades especiais e finalmente particularidades independentes da pelagem.

Examina-se o animal de diante para trás, de cima para baixo e da esquerda para a direita, de ambos os lados e, também, deve ser visto por trás. Todos os sinais e marcas, bem como certas taras, devem ser detalhadamente citados.

O exército enumerou os tipos de pelagem pela ordem alfabética, considerando apenas onze tipos, que são: alazão; baio; branco; castanho; lobuno; mouro; preto; rosilho; tobiano; tordilho e vermelho.

SIMPLES
São as pelagens formadas por pêlos e crinas da mesma cor.

Tipo branco
  1. sujo - é um branco encardido, levemente amarelado.
  2. porcelana - quando a pele é escura, dando um reflexo azulado, que faz lembrar a louça de porcelana.
  3. pombo ou leite - quando a coloração é fosca, sem brilho.
Tipo alazão
É formado por um grande número de matizes, que vão de uma coloração aloirada clara até uma avermelhada, lembrando a canela, ou de uma coloração vermelho escura, queimada, lembrando a ctícula da castanha, tendo sempre as crinas e as extremidades da mesma cor do corpo ou mais claras, nunca escuras.
  1. claro - quando a cor é loira, clara e pálida.
  2. ordinário - quando a cor é de canela.
  3. escuro ou tostado - quando é da cor do café torrado ou do mogno.
  4. aleonado -quando é de um tom amarelo-claro, com as extremidades mais carregadas, lembrando o leão.
  5. queimado - quando a coloração lembra o café torrado, bastante carregado.
  6. careja - quando a coloração lembra a cereja madura.
  7. gateado, lavado ou sopa-de-leite - quando a tonalidade amarelo-clara desce uniformemente para os membros, geralmente acompanhada de "gateaduras" pelas canelas, antebraços e jarretes, bem como de lista de mulo e banda crucial (quase sempre apagadas).
  8. vermelho, sangüíneo ou colorado - quando a coloração é de um vermelho vivo, lembrando o sangue de boi.

Tipo baio simples (crina, cola e estremidades claras)

Obs. Todas as variedades do baio simples podem apresentar ou deixar de apresentar listra de mulo, banda crucial e zebruras, embora, algumas vezes, sejam um tanto apagadas.

  1. claro ou palha - quando se parece com a cor da palha do trigo.
  2. ordinário - quando o amarelo é o intermediário entre o palha e o escuro.
  3. escuro - quando a tonalidade do amarelo é mais carregada.
  4. encerado - quando a coloração amarela é mais sombria, lembrando a cera bruta.
  5. camurça ou Isabel (encardido) - com coloração baia um pouco encardida, lembrnado peça íntima do vestuário da princesa austríaca, Isabel Carla Eugênia, filha de Filipe II, que governou os Países Baixos de 1601 a 1604, quando se deu o cerco de Ostende. A princesa fez a promessa de que só trocaria de roupa depois do rendimento da praça, o que só aconteceu após oito meses - daí ter surgido a pelagem Isabel (lenda).
  6. amarelo ou amarilho - quando a coloração amarela é dourada, lembrando a gema do ovo e apresentando, obrigatóriamente, crina e cola bem mais claras que o pêlo do corpo, razão pelo que também é conhecido como baio ruano. O baio amarelo ou baio amarilho é ainda mais conhecido, em certas regiões da Zona Sul do Estado de São Paulo, por baio marinho, portanto, uma corruptela da palavra amarilho. Também é chamado "palomino".

Tipo gateado


As variedades do tipo gateado simples (membros, crina e cola da mesma cor) vão desde o matiz claro palha de milho até as nuanças mais carregadas, apresentando quase sempre listra de mulo, banda crucial e gateaduras.

  1. claro -
  2. ordinario -
  3. escuro -
  4. ruivo -

Tipo preto


Formado por pêlos pretos, que vão de um preto desbotado até um preto com intenso brilho.

  1. maltinho, pezenho ou macaco - quando dá a impressão de desbotado, com laivos ruços, lembrando o pez negro e por esta razão é conhecido pela designação de pezenho.
  2. ordinário - quando não mostra reflexos.
  3. murzelo ou franco - com laivos arroxeados, como a amora madura.
  4. azeviche - quando a coloração preta dá um reflexo brilhante. Obs. - alguns hipólogos consideram o preto-azeviche, não como tipo e, sim, como particularidade do preto murzelo ou preto franco.
*obs: os gaúchos consideram o gateado como tipo e não como variedade do baio simples

COMPOSTAS
Pêlos bicolores misturados, com crina e cola diferentes.

GRUPO A - tipos de pelagem formados por pêlos bicolores (amarelo na base e preto na extremidade)

Lobuno, libuno ou lobeiro


Formado por pêlos bicolores, isto é, amarelos na base e pretos na extremidade, de modo que dão ao conjunto uma coloração pardo-acinzentada. Um cavalo lobuno, submetido à tosquia, de maneira que as extremidades negras dos pêlos sejam tosadas, tornar-se-á baio pela coloração amarela da base dos respectivos pêlos.

claro -quando é acinzentado.

ordinário - quando é pardo.

escuro - quando é pardo carregado.

GRUPO B - Tipos de pelagem com pêlos de uma só cor no corpo e com crineira, cola e extremidades escuras.

Castanho


Formado por pêlos avermelhados no corpo, com intensidade diversa, semelhante à cutícula da castanha e caracterizada pela coloração negra da crineira, cola e membros.

  1. claro - quando o vermelho é pouco intenso, parecendo mesmo um tanto amarelado.
  2. ordinário - quando da a idéia da cor da castanha madura.
  3. escuro cereja ou zaino - quando se aproxima do preto pezenho, mas difere pelas tonalidades bem mais claras de certas regiões, como o focinho (afogueado ou bornal brnaco), axilas, ventre, flancos e períneo. A designação "zaino", embora contrariando o significado dos autores clássicos, siginifica ausência de pêlos brancos e, é muito vulgarizada nos Estados do Sul e até mesmo na classificação do Jóquei Clube, como sinônimo de castanho-escuro.
  4. pinhão - quando se parece com o matiz particular do pinhão (freqüente nos muares).
  5. vermelho, sangüíneo ou colorado (RS) - quando se lembra o sangue de boi.

Baio-cabos-
negro


Formado pela gama de pêlos claros amarelados da cor da palha de trigo até a gama bem escura do bronzeado.

  1. claro ou palha - quando é da cor da palha de trigo.
  2. ordinário - quando se parece com o brim cáqui.
  3. escuro - quando a tonalidade amarela é bem carregada.
  4. encerado - qquando o amarelo é sombrio, lembrando a cera bruta.
  5. camurça (Isabel) - quando o amarelo é bem claro lembrando o branco encardido.
  6. gateado - (com todas as nuanças)
Rato
Formado por pêlos de uma cor cinza-pardacenta, semelhante ao rato, no corpo, e extremidades escuras.
  1. claro - quando é de uma cor cinza-pardacenta clara.
  2. ordinário - quando é de uma cor cinza-pardacenta mais acentuada.
  3. escuro - quando é de uma cor cinza-pardacenta bem carregada.

GRUPO C - Tipos de pelagem formados por pêlos de duas ou mais cores, misturados pelo corpo, crineira, cola, membros, ou tendo as extremidades escuras

;

Tordilho


É formado pela mistura de pêlos brancos constituindo o fundo, com a mescla de pêlos pretos, cinzentos, etc., com menor ou maior intensidade da disseminação destes pêlos pelo corpo.

claro ou pombo - quando há uma grande predominância de pêlos brancos, com um mínimo de pêlos de outras cores.

negro - quando há forte predominância de pêlos negros, quase o tornando mouro, mas só não é por não ter a cabeça negra.

escuro - quando há predominância de pêlos escuros sobre os brancos.

sujo ou safranado (açafranado) - quando há mistura de pêlos amarelos ou avermelhados, dando ao todo um aspecto cinza-amarelado de sujeira ou de açafrão.

azulego ou cordão - quando há reflexos azulados como a flor do cardo; pode ser claro, escuro ou "andorino" (lembrando o dorso de uma andorinha).

salpicado ou pedrês - quando há muitos salpicos de pêlos pretos sobre o fundo de pêlos brancos.

vinagre ou sabino - quando há mescla de pêlos avermelhados sobre os brancos, dando um aspecto de ferrugem.

rodado - quando os pêlos pretos se aglomeram, formando manchas pequenas, arredondadas e mais escuras que o todo.

Mouro

formado pela mistura de pêlos brancos sobre um fundo escuro, fazendo lembrar a cor mais ou menos acentuada "ardósia", caracterizado pela cabeça e extremidades negras.

claro - quando o todo toma uma cor cinzenta clara.

oridinário - quando a cor acinzentada é intermediária entre o claro e o escuro.

escuro - quando é bem acentuada a cor escura, pela menor presença de pêlos brancos na mistura.

Rosilho - formado pela mistura de pêlos brancos, num fundo de pêlos amarelados ou alazões, vermelhos ou castanho-escuros, que dão ao conjunto matizes róseos. Rosilho branco, ou rosado, propriamente dito, é uma pelagem rosilha, muito clara, que não se enquadra nos dois subtipos de rosilhocitados, por apresentar fundo branco (claro) com interpolação de pêlosavermelhados ou amarelados, mostrando, via de regra, despigmentação das aberturas naturais (melado) e oferecendo variedades, consoante a maior ou menor intensidade da mescla de pêlos vermelhos e amarelos.

Alazão

claro - quando predominam os pêlos brancos sobre o fundo alazão desbotado, dando ao conjunto uma coloração levemente rosada.

ordinário - quando é francamente róseo.

escuro - quando predominam os pêlos alazões ou avermelhados.

mil-
flores
- quando os pêlos brancos se distribuem em verdadeiros tufos sobre o fundo alazão, dando a impressão de flores de cor branca.

flores de
pessegueiro
- quando os pêlos alazões mais claro, interpolado de pêlos brancos, lembrando a flor de pessegueiro, portanto, ao contrário do anterior.

Castanho
ou ruão

claro - quando os pêlos brancos, na interpolação, predominam num fundo castanho-claro (prateado)

ordinário -quando o branco e os matizes avermelhados do fuindo castanho proporcionalmente se equilibram.

escuro - quando a interpolação de pêlos brancos se faz em menor propoprção em um fundo de matizes castanhos mais carregados e predominantes.

vinhoso - quando a interpolação de pêlos brancos ocorre em um fundo castanho-vermelho acentuado, lembranco a coloração de vinho tinto.

*Obs.: os gaúchos consideram o gateado como tipo e não como variedade do baio-cabos-negros. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos adota, para a resenha no registro genealógico, a pelagem gateada como tipo de pelagem com todas as suas nuanças, desde as mais claras até as mais escuras, visto tratar-se de uma característica racial importante, não só pela grande incidência nos rebanhos, mas também pela expressiva preferência entre os crioulistas.

JUSTAPOSTAS OU CONJUGADAS
Malhas e pintas de contorno irregular, mescladas com branco.

Tobiano ou pampa

Constituido pela conjugação de branco com outros tipos de pelagens, formando malhas extensas, irregulares ou não, mas bem destacadas. Se a cor branca predomina, a palavra "pampa" deve antecederàs cores; e vice-versa, se for o contrário. Assim, por exemplo: pampa-preto, se a predominância for o branco sobre o preto, preto-pampa, no caso contrário.

  1. pampa preto
  2. pampa vermelho
  3. pampa castanho-escuro
  4. pampa baio
  5. pampa rosilho castanho
  6. preto pampa
  7. vermelho pampa
  8. tordilho begro pampa
  9. castanho-escuro pampa

Pintado


Formado por pequenas malhas, ou melhor, por pintas escuras (pretas, avermelhadas, alazãs ou castanhas), justapostas no fundo predominante branco, dando a impressão de que foram artificialmente pintadas. O cavalo persa, muito apreciado como animal de circo, caracteriza-se por este tipo de pelagem, formando pintas escuras, pequenas, porém bem destacadas, justapostas no fundo branco, baio, tordilho, alazão e castanho-claro.

  1. pintado de castanho
  2. pintado de vermelho
  3. pintado de alazão
  4. pintado de preto (ex: cavalo persa e appallosa)

reproduçao

Nos eqüideos em geral, o instinto de reprodução aparece em torno dos 18 meses, contudo, a reprodução de animais jovens não é recomendada porque a égua, fecundada na fase de crescimento - até os 30 meses - retira o alimento para a constituição do feto do próprio organismo e, conseqüentemente, atrapalha o seu desenvolvimento.

A idade mais recomendada para o início da reprodução nos machos é de 3 anos e nas fêmeas varia de 3 a 5 anos. Esta variação ocorre por vários fatores do meio e, principalmenete, alimentação.

O cio provoca modificações de ordem particular e geral, assim, nos órgãos genitais notam-se a congestão e o edema do ovário e das mucosas do oviduto, do útero, da vagina e da vulva. O colo do útero se relaxa, deixando escapar um muco, ás vezes estriado, de sangue, que escorre pela vagina e pela vulva, do qual se desprende um odor característico que atrai e excita o macho.

A égua torna-se inquieta, nervosa, coceguenta e mesmo intratável, com os olhos brilhantes e a cauda levantada. Relincha, talvez procurando o macho, perde o apetite, podendo ficar meio desbarrigada, urina com mais freqüência, emite pequenos jatos de urina e movimenta o clítoris. Pode-se observar que os lábios da vulva são mais inchados do que o normal.

O cio dura, em média, de 10 a 12 dias e, a cobrição no início do cio é negativa, devendo-se esperar que o cio se torne mais acentuado. Novas cobrições podem ser realizadas a cada 2 dias, até que o cio acabe. A ovulação se dá 24 a 48 horas antes do término do cio e, o óvulo é fecundado de 6 a 8 horas após ter sido liberado. O esperamtozóide tem vitalidade aproximada de 48 horas no trato genital da fêmea. Se a égua na reentrar no cio depois de 16 dias é provável que tenha sido fecundada. O intervalo entre 2 cios consecutivos é de 21 dias.

A estação de monta compreende, no Brasil, em outubro, novembro e dezembro, que são os meses de maior fecundidade. O surgimento do primeiro cio depois do parto acontece no 7º ao 11º dia. Este é chamado "cio do potro" ou "cio post-partum". Neste cio é recomendado seu aproveitamento para nova cobertura, se o parto foi normal e os órgãos genitais se encontram em boas condições.

Um garanhão adulto pode praticar uma a duas montas (uma de manhã e outra à tarde) por dia, desde que alimentado adequandamente (com reforço de proteínas). Anualmente, um reprodutor pode cobrir de 50 a 80 fêmeas, quando na monta dirigida, e de 20 a 40 quando for monta de campo.

Órgãos genitais de Égua
  1. Ovário
  2. Oviduto
  3. Cornos uterinos
  4. Corpo do útero
  5. indica a Cérvix
  6. Vagina
  7. Vulva
  8. Ligamento largo do útero
  9. Bexiga
  10. Uretér
  11. Rim
  12. Esfincter anal (ânus)
  13. Reto

Sistema Reprodutor Masculino
  1. músculo ísquio cavernoso
  2. ligamento suspensório
  3. múscylo retrator do pênis
  4. músculo bulbocavernoso
  5. corpo cavernoso do pênis
  6. gola da glande
  7. processo uretral
  8. coroa da glande
  9. mucosa peniana
  10. artéria dorsal da pudenda
  11. artéria obturatriz
  12. artéria profunda
  13. tuberosidade isquática

GESTAÇÃO e PARTO - O período de gestação é de 336 dias na égua (11 meses - click aqui para ver a tabela de gestação). A gestação é o desenvolvimento do feto depois da fecundação do ovo até a parição. Ela também é conhecida como "prenhez, pregnância e gravidez". Verificada a fecundação o óvulo desce pelas trompas uterinas e pelo oviduto até alcançar o corno uterino, no que leva mais ou menos 12 dias.

Um parto normal dura em média de 10 a 30 min. O feto, apresenta-se com a cabeça colocada entre as patas dianteiras (veja imagem ao lado). Normalmente a égua pari de pé, o feto cai com os jarretes da mãe atenuando esta queda, havendo nesse momento a ruptura do cordão umbilical. Quando a fêmea pari deitada (em decúbito), o cordão umbilical é rompido pela própria fêmea ou quando esta se levanta,. Caso isso não ocorra, o tratador deve efetura a ruptura (com ligadura) a uma curta distância.

A expulsão da placenta é imediata ao parto e, os órgãos genitais voltam ao seu estado normal em 2 a 5 dias após o parto. É muito importante o tratador acompanhar o parto para socorrê-la no caso de um parto difícil (distócico). Em caso de dúvida chame sempre o médico veterinário, naõ espere a situação complicar.

As éguas paridas em cocheira devem receber nos primeiros 4 dias uma ração leve e laxativa: capim verde e tenro, alfafa (verde ou feno), cenouras, etc.

O primeiro leite, chamado colostro, é muito importante para o potro, não só pela sua riqueza em vitaminas, seu poder laxativo para limpar o intestino, como por conter substâncias imunizantes para várias doenças, que a mucosa intestinal do filho é capaz de absorver durante os primeiros dias

como saber a idade de um cavalo atravez da dentiçao e os tipos de dentiçao...

Os dentes são elementos principais pra conseguir determinar, com segurança, a idade aproximada, dos cavalos.

A avaliação da idade é importante pois, muitos animais não tem registro oficial e, são negociados a base da idade aproximada.

O cavalo adulto possui 40 dentes e a égua 36, normalmente, assim distribuidos:

12 incisivos
6 superiores
6 inferiores
4 caninos, em geral ausentes na fêmea
24 molares distribuidos igualmente nas duas arcadas.

O potro, macho ou fêmea, apresenta apenas 24 dentes, todos caducos.

12 incisivos
12 molares
Esqueleto da queixada do cavalo
    esqueleto da queixada de um cavalo

visão da mesa dentária

Os dentes de leite são menores e mais brancos que os dentes permanentes e possuem um colo ou linha de estrangulamento em seu terço médio.

Com o desgaste, devido à mastigação, os dentes também mudam seu arco incisivo que, visto de perfil, é arredondado no animal jovem e vai se tornando alongado à medida que o animal envelhece.

Arco Incisivo visto de perfil

Os dentes e suas respectivas idades

6º a 10º dia de vida

1º período - Erupção dos caducos


  • Pinças - até o fim da 1ª semana
  • Médios - no fim do 1º mês
  • Cantos - no 6º mês, alcançando o nível dos demais até o 10º mês

    A partir dos 2 anos de idade os animais passam a fazer a troca dos dentes de leite pelos permanentes

    2º Período - Rasamento dos caducos

  • Pinças - com 1 ano
  • Médios com 1 1/2 anos
  • Cantos - com 2 anos
  • 30 a 36 meses


    4 a 5 anos

    3º Período - Mudas

  • Pinças - surgem aos 2 1/2 anos e estão crescidos aos 3
  • Médios - surgem aos 3 1/2 anos e estão crescidos aos 4
  • Cantos - surgem aos 4 1/2 anos e estão crescidos aos 5
  • boca cheia

    7 anos

    4º Período - Rasamento dos definitivos

  • Pinças - aos 6 anos
  • Médios - aos 7 anos
  • Cantos - aos 8 anos
  • 8 anos

    9 e 10 anos
    12 anos

    5º Período - Arredondamentos

  • Pinças - aos 9 anos
  • Médios - aos 10 anos
  • Cantos - entre 11 e 12 anos

  • 13 aos 17 anos

    6º Período - Triangularidade

  • Pinças - aos 14 anos
  • Médios - aos 15 anos
  • Cantos - entre 16 e 17 anos

  • Neste período, poderá se notada novamente a "cauda de andorinha" e caracteriza-se também pelo nivelamento de todos os incisivos. A partir daí então, os dentes vão se tornando biangulares e fica cada vez mais difícil calcurar a idade do animal.
    cauda de andorinha

    7º Período - Biangularidade

  • Pinças - aos 18 anos
  • Médios - aos 19 anos
  • Cantos - aos 21 anos

  • prognatismo Um defeito grave de dentição, em conseqüência da posição incorreta dos maxilares, observado com freqüência em nossos pôneis é o chamado "prognatismo", que pode ser inferior ou superior, onde as arcadas não se ajustam.